Movimentação fortalece pré-campanha de Bacellar ao Palácio Guanabara em 2026
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), assumiu interinamente, nesta segunda-feira (16), o Governo do Estado do Rio de Janeiro. A posse temporária ocorre devido à licença de dez dias tirada pelo governador Cláudio Castro (PL), que se afastou para uma viagem com a família.
A medida acontece em meio a uma série de movimentações políticas que reposicionam figuras-chave da base governista para as eleições de 2026. A saída do ex-vice-governador Thiago Pampolha (MDB), que renunciou ao cargo para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), abriu caminho para que Bacellar se tornasse o substituto imediato de Castro.
Pré-candidato ao governo estadual, Bacellar iniciou sua agenda oficial pelo norte fluminense, região onde tem sua base eleitoral. Em Campos dos Goytacazes, anunciou a instalação de um novo destacamento do Corpo de Bombeiros e lançou a pedra fundamental de uma policlínica da Polícia Militar. Também está prevista a inauguração de um quartel em São Francisco de Itabapoana.
As ações reforçam a aposta do parlamentar na pauta da segurança pública — bandeira que deve dominar o debate eleitoral no Rio de Janeiro. O prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), também tem atuado para ganhar protagonismo no tema, com a aprovação da Guarda Municipal Armada e participação em discussões sobre a PEC da Segurança, em Brasília.
Nos bastidores, a movimentação de Cláudio Castro já é vista como parte de uma estratégia de transição. Candidato ao Senado em 2026, o governador precisará renunciar ao cargo até abril do próximo ano. Com Pampolha fora da linha sucessória, Bacellar se fortalece como nome natural da base governista para disputar o Palácio Guanabara.
Apesar de ser alvo de investigações envolvendo desvios na Fundação Ceperj, Bacellar mantém influência política significativa e vem ampliando sua presença institucional por meio de obras e parcerias em diferentes regiões do estado.
A interinidade de Bacellar pode ser breve, mas o simbolismo da posse e a agenda escolhida marcam mais um capítulo da corrida pelo Governo do Rio.
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