Movimentação reforça articulação para sucessão estadual em 2026 e gera críticas sobre politização do TCE-RJ
O agora ex-vice-governador do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha (MDB), oficializou sua saída do cargo no fim de maio para assumir uma cadeira vitalícia no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). A indicação, feita pelo governador Cláudio Castro (PL), foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) por ampla maioria: 57 votos a favor, 5 contrários e 7 abstenções.
A movimentação, vista como parte de uma articulação política mais ampla, retira Pampolha da linha sucessória e abre espaço para que o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), assuma protagonismo no governo e se fortaleça como possível candidato ao Palácio Guanabara nas eleições de 2026.
A vaga no TCE foi aberta após a aposentadoria do conselheiro José Maurício Nolasco. Pampolha, de 38 anos, tem trajetória política marcada por três mandatos como deputado estadual e passagens pelas secretarias estaduais de Esporte e de Meio Ambiente, além de ter integrado a chapa de Cláudio Castro nas eleições de 2022.
A nomeação, no entanto, gerou críticas da oposição. Parlamentares do PSOL apontaram a indicação como exemplo da “politização” do Tribunal de Contas, responsável por fiscalizar o uso de recursos públicos. O deputado Flávio Serafini (PSOL) classificou a manobra como “um puxadinho do Palácio Guanabara”.
Aliados do governo, por outro lado, defenderam a escolha, destacando a experiência administrativa e legislativa de Pampolha. Já há articulações para que ele venha a assumir a presidência do TCE-RJ em 2027, o que ampliaria sua influência nos rumos do estado.
Com salário aproximado de R$ 40 mil e mandato vitalício, Pampolha passa a integrar o corpo de conselheiros de um dos órgãos mais estratégicos do estado. Sua nomeação reforça a base de apoio do governador e redesenha o cenário político fluminense no horizonte eleitoral.
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